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quinta-feira, 29 de novembro de 2012

livro O PONTO DE MUTAÇÃO

NESTE LINK VOCE CONSEGUE BAIXAR O LIVRO O PONTO DE MUTAÇÃO

BOA LEITURA.

http://www.google.com.br/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=2&ved=0CD4QFjAB&url=http%3A%2F%2Fapi.ning.com%2Ffiles%2F3Pz9ctVjNhxOZt02EkFnyo*bfxqzZduRLYONEyfKiI6PbUMU1Pu5iBuayrcr6Ad*kmvdGscQEreXLO3-00wdniVlvtt4ri7a%2FFritijofCapraPontodeMutao.pdf&ei=FVu3UJHsL4Gi8QTm9IHgBw&usg=AFQjCNEy9rohuNVdM-Gb_AmlU6psQuvlZA&sig2=SgrV6xc-X-EM_MTgTS1p8g

FILME O PONTO DE MUTAÇÃO


O Ponto de Mutação

O O Ponto de Mutação é um livro de Fritjof Capra publicado em 1983.
O nome do livro foi extraído de um hexagrama do I Ching. Nele, Capra compara o pensamento cartesiano ao paradigma emergente no século XX. O primeiro é reducionista e modelo para o método científico desenvolvido nos últimos séculos. O segundo, holístico ou sistêmico, vê o todo como indissociável; o estudo das partes não permite conhecer o funcionamento do organismo. As comparações são feitas em vários campos da cultura ocidental atual, como a medicina, a biologia, a psicologia e a economia.

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Trinta anos do Ponto de Mutação


Mais que reconhecer as virtudes do conhecimento científico é preciso refletir sobre os pressupostos a partir dos quais formulamos nossas práticas científicas, educacionais e políticas. Entendia como um dispositivo de transmissão formal da cultura, a educação deve não apenas considerar os aspectos culturais como fatores importantes para o entendimento de determinadas peculiaridades de nossa cognição, mas também compreender como nossas experiências de vida, o contexto social, a linguagem, crenças religiosas, enfim, a cultura, pode influenciar diferentes perspectivas metodológicas de pesquisa e de construção de conhecimento. Neste sentido, as atividades desenvolvidas pelo LABECET procuram contribuir para a reflexão acerca da missão da educação e da necessidade da reforma do ensino na era da informação e do conhecimento científico.


MINICURSO:
Tema: Trinta anos do Ponto de Mutação (Fritjof Capra)
Exposição: Ana Maria Rocha
Dias 28 e 29 de novembro
Local: Auditório do Módulo de Pedagogia
Horário: Das 14:00 às 17:30 horas
Dia 30 de novembro
Local: Auditório II do Módulo Luizão
Horário: Das 14:00 às 17:30 horas









Obs.: Receberá certificado o participante com o mínimo de 70% da frequência na atividade.
http://www.labecetuesb.blogspot.com.br

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

2º Seminário do LABECET e 1º Encontro do GEPECC

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA
PRÓ-REITORIA DE EXTENSÃO
Departamento de Ciências Naturais
Laboratório de Estudos e Pesquisas em Educação e Conhecimento Científico
2º Seminário do LABECET e 1º Encontro do GEPECC
Ludwik Fleck e produção do conhecimento no século XXI
LOCAL: AUDITÓRIO DO MÓDULO IV/UESB
11 de Dezembro
Coordenação: Professor Dr. Renato Pereira de Figueiredo (LABECET/DCN/UESB)
17:00h: Credenciamento
18:30h: Apresentação cultural
19:00h: Palestra de abertura: Unidade, diversidade, criatividade e conhecimento.
Professora Dra. Anete Charnet Gonçalves da Silva (GEPECC/DCN/UESB)
20:00h: Lançamento do livro:
“Ciências da Complexidade e Educação: razão apaixonada e politização do pensamento”
Professora Dra. Maria da Conceição de Almeida (GRECOM/UFRN)


12 de Dezembro

Coordenação: Professora Dra. Ana Maria dos Santos Rocha (GEPECC/DCN/UESB)
18:30h: Comunicação 1
GEPECC: Relatos de Viagem – Encontro com Fleck, Ceiça e Morin.
Professora Márcia de Oliveira Menezes (GEPECC/DCN/UESB)
Professor Paulo Cezar Rodrigues Santos (LABECET/Rede Municipal de Ensino)
19:15h: Comunicação 2
O que é Ciência? Contribuições de Ludwick Fleck para a compreensão de um fato
científico.
Professor Dr. Renato Pereira de Figueiredo (LABECET/DCN/UESB)
20:00h: Comunicação 3
A partícula de Deus.
Professor Éder Dias da Silva (Mestrando PUC/MG)









13 de Dezembro
Coordenação:
Maris Stella Schiavo Novaes (CATROP/GEPECC)
Nerisvaldo Dias dos Santos (CATROP/GEPECC)
18:30h: Comunicação 4
O Tropeirismo como proposição para a Educação e a Cultura.
Saulo Moreno Rocha (CATROP)
19:15h: Comunicação 5
Trinta Anos do Ponto de Mutação (Fritjof Capra).
Professora Dra. Ana Maria dos Santos Rocha (GEPECC/DCN/UESB)
20:00h: Palestra de encerramento
Princípios e Desafios do Educador: conhecer, dialogar, transcender.
Professora Dra. Josineide de Oliveira (GRECOM/UERN)


Inscrições no DCN da UESB até o dia 05 de dezembro
Apoio:
PROEXT - GEPECC – GRECOM – CATROP

2º Seminário do LABECET e 1º Encontro do GEPECC

Entre os dia 11 a 14 de dezembro, acontecerá na UESB, Campus de Vitória da Conquista, o “2º Seminário do LABECET e 1º Encontro do GEPECC”, com a participação de pesquisadores das Universidades Federal e Estadual do Rio Grande do Norte, da PUC de Minas Gerais, da organização não governamental Catrop e do Departamento de Ciências Naturais.

Materialização da integração pesquisa, ensino e extensão, o evento tem como tema central “Ludwik Fleck e produção do conhecimento no século XXI” e interessa a todos que desejam discutir a religação dos saberes e o processo através do qual se produz conhecimento.

 
Frente às mudanças em tecnologia, globalização e mercados que, em um espaço de tempo cada vez mais curto, estão tornando obsoletos os atuais empregos, as diferentes exposições do “2º Seminário do LABECET e 1º Encontro do GEPECC” sintetizam o cenário criativo de uma educação voltada para o século XXI. Com este mesmo argumento, será também lançado o livro da professora Dra. Maria da Conceição de Almeida (UFRN), “Ciências da Complexidade e educação: razão apaixonada e politização do pensamento”.
As inscrições podem ser feitas no Departamento de Ciências Naturais, até o dia 05 de dezembro.

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

LABECET

O Laboratório de Estudos e Pesquisas em Educação e Conhecimento Cientifico - LABECET - problematiza a concepção de um fazer científico, predominantemente ancorado nos excessos da racionalização, da fragmentação e na superespecialização disciplinar. Mais que reconhecer as virtudes do conhecimento científico, é preciso refletir sobre os pressupostos a partir dos quais concebemos o mundo e formulamos nossas práticas científicas, educacionais e políticas

QUEM SOMOS NÓS

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

PARENTE

O primeiro contato de populações indígenas com testes rápidos de HIV e sífilis em suas próprias aldeias. Uma História sobre vulnerabilidade.

Este documentário é parte do projeto de testagem rápida de sífilis e HIV em área indígena, Manaus, Amazonas, Brasil - 2011


Realização: Fundação "Alfredo da Matta"
Apoio: SESAI - Secretaria Especial de Saúde Indígena/MS Governo Federal World Health Organization
Financiamento: Bill & Melinda Gates foundation

Roteiro: Aldemar Matias / Marcos Tupinambá

Direção de fotografia: Yure César / Aldemar Matias (aldeia Yanomami)
Som direto - Assistente de fotografia: André Poplade
Produção: Ivan Nascimento
Montagem: Aldemar Matias
Colorização: Silas Eustáquio
Grafismo: Carlos Dantas
Mixagem e Masterização: Marinho JR.
Produção executiva: Marcos Tupinambá / Carlos Carvalho



Referencia:http://www.youtube.com/watch?v=utxueIxd3oY

CADASTRO NACIONAL DE BIÓLOGOS

http://cpro11468.publiccloud.com.br/spw/ConsultaNacional/loginCFBIO.aspx

PARABÉNS BIÓLOGOS

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Símbolo do Biólogo
Em 03 de setembro de 1979, foi sancionada a Lei n.º 6.684, pelo então Presidente da Republica João Baptista Figueiredo, a qual regulamentou a Profissão de Biólogo e criou o Conselho Federal de Biologia - CFBio - e os Conselhos Regionais de Biologia – CRBios, definindo-os, em conjunto, como autarquia federal com personalidade jurídica de direito público, à semelhança dos demais conselhos profissionais já existentes. 
As Associações de Biólogos em atividade na época da regulamentação da profissão convencionaram estabelecer a data da sanção dessa Lei como Dia Nacional do Biólogo - 03 de setembro.

No dia 03 de setembro de 2009 comemora-se 30 anos da regulamentação da profissão de biólogo. Como parte do programa de comemoração foi revitalizado o Símbolo da Profissão de Biólogo. O símbolo foi publicado através da Resolução CFBio nº 187/2009, e registrado no INPI em 07 de maio de 2009, sendo seu uso restrito ao Sistema CFBio/CRBios.

A Forma 
Começando pela forma que foi utilizada como base para os elementos: o círculo. Na simbologia das formas, representa a união e perfeição, daquilo que começa e acaba em si mesmo. Assim, ele condiz com a proposta do próprio Conselho, somando e interligando valores, laços e vínculos entre os profissionais representados por essa instituição. Também representa o movimento, a atividade, reproduzindo a busca por melhores dinâmicas entre as relações dos biólogos.

Os Elementos 
• O DNA - A estrutura do DNA traz à tona um elemento sempre presente no cotidiano do profissional da área de biologia. 

• O Espermatozóide - A base da estrutura do DNA forma um espermatozóide, que fecundando o óvulo (círculo azul) dá origem a uma nova vida, com toda sua complexidade – a essência da profissão do biólogo.
• A Folha - Fator de grande importância para qualquer ser vivo, sendo a base dos estudos biológicos, a natureza é representada pelas folhas da base do círculo. 
• A Espiral - Se encontra dentro das folhas, é o símbolo da evolução e do progresso. O biólogo sempre deve buscar novos estudos e pesquisas que possam atualizar seus conhecimentos e acrescentar informações úteis a sua profissão. Esse elemento também possui uma interpretação mais subjetiva, podendo ser traduzido de diferentes formas, como por exemplo, a representação de um caracol ou da asa de uma borboleta, mostrando a interação do biólogo com a biodiversidade e o Planeta, na busca de sua conservação, manejo e sustentabilidade.

As Cores
• O azul - Usado de forma mais clara no círculo, é uma cor profunda e calma, que a princípio, representa a água, mas que também passa a idéia de maturidade. O azul também é a cor da biologia. 
• O verde - Usado nas folhas. É a cor universal para a representação da natureza, passando a idéia de frescor, harmonia e equilíbrio.
O símbolo traduz conceitos que envolvem o cotidiano do biólogo e também a importância da vida para essas profissionais. Ao agregar valores de união e evolução à marca CFBio, busca-se demonstrar a forma dinâmica e proativa de relacionamento do Sistema CFBio / CRBios com o biólogo e a sociedade.

VDRL, exame para diagnosticar sífilis pode apresentar falso positivo

VDRL  é um exame laboratorial de apoio diagnóstico para sífilis, doença venérea causada pelo Treponema pallidumuma DST. O contato sexual é a forma mais comum de transmissão. Oresultado do VDRL pode ser positivo ounegativo, e em alguns laboratórios a terminologia usada é reagente (positivo) e não reagente (negativo). Neste texto vou destacar também situações em que o exame pode apresentar falso positivo.
Diagnosticar a sífilis no início é importante para evitar problemas graves a nível cerebral, cardiovascular e em sífilis congênita. Desde o início da infecção aparece no sangue da pessoa infectada as “reaginas”, a detecção destas substâncias no soro do paciente e a verificação dos sinais clínicos são os procedimentos mais rápidos e úteis usados para diagnóstico da sífilis.

Característica de cada exame nas fases da doença

VDRL (Venereal Diseases Research Laboratory) e FTA-ABS (Fluorescent Treponemal Antibody – Absorption), dois exames sorológicos para diagnóstico da sífilis. Quando está na fase primária os dois exames se tornam positivos depois do cancro duro com sensibilidade de 85%, já no estágio secundário da sífilis a sensibilidade da sorologia é de 99%, e na sífilis terciária o VDRL apresenta sensibilidade de 70% e o FTA-ABS de 98%. Um estudo de avaliação  dos exames VDRL em uma unidade de saúde, complementa esta análise.
O VDRL, muito solicitado em consultas médicas na rede pública e privada de saúde é um teste não treponêmico, utiliza o antígeno cardiolipínico na reação para detectar as reaginas, citadas anteriormente, possui a vantagem de ser um exame barato e de fácil realização. Usando apenas uma placa de reação, e um agitador simples, em 4 minutos a reação pode ser lida no microscópio.

Como é feito o exame

Quando o VDRL está positivo é possível ver na placa, depois de adicionar soro do paciente e o reagente, uma floculação, devendo ser realizado uma titulação, para ver o valor da positividade, alta ou baixa, positivo forte ou fraco, podendo ser 1:2, 1:4, 1:8, 1:16, 1:32, e assim por diante, sendo que 1:4 é mais fraco que 1:32, por exemplo, este valor vai servir para o médico diagnosticar ou acompanhar a evolução do tratamento.
Como foi citado no título deste texto resultados falso positivos e também negativos podem ocorrer. Falso negativo pode ocorrer na sífilis tardia e em casos de prozona, um fenômeno que ocorre quando a quantidade de reaginas é grande e a reação não ocorre de maneira equilibrada levando a testes negativos em amostras que são positivas. Mas, os laboratórios se previnem deste evento diluindo o soro do paciente, equilibrando a reação, produzindo resultados corretos.

Como ocorre resultado falso positivo

O problema que pode ocorrer em alguns casos, mesmo que raros, é o resultado ser liberado como positivo em amostra de paciente que não tem a doença, são resultados falso positivos. Casos como este podem ocorrer em exames de indivíduos que tenham quadros patológicos como: Brucelose, lepra, malária, hepatite, asma, gripe, tuberculose, câncer, diabetes e doenças autoimunes que também liberam antígenos que levam a produção das reaginas. Quero deixar claro que não é comum, mas podem ocorrer, geralmente apresentam títulos baixos, 1:2, 1:4, e as características clínicas não são indicativas de sífilis.
Minha intenção aqui é alertar para que pacientes e familiares tenham cautela e não tomem atitudes precipitadas quando forem ao laboratório e pegar um resultado de VDRL positivo, exames positivos certamente serão esclarecidos e confirmados pelo médico realizando observações clínicas ou testes confirmatórios, como o FTA-ABS.
“Embora o comportamento do VDRL frente ao diagnóstico da sífilis apresente algumas limitações, como reações falso positivas em situações patológicas ou fisiológicas, menor sensibilidade quando comparado aos testes treponêmicos, deve-se ressaltar a importância do referido teste como diagnóstico preventivo e principalmente como seguimento terapêutico, através de dosagens quantitativas. Desta maneira, aliada à avaliação clínica do paciente, o teste VDRL se constitui um instrumento de significativa importância na triagem sorológica, como também no acompanhamento da infecção sifilítica (onde oresultado continua positivo mesmo depois de tomar injeções de benzetacil, explicado aqui)”. Conforme abordou no trabalho citado acima, Liduina et al.


Fonte: http://www.plugbr.net/vdrl-exame-para-diagnosticar-sifilis-pode-apresentar-falso-positivo/

Complicações otológicas da sifilis. Comentários sobre seis casos.

Autor(es):
Silvio Caldas Neto*,
Nelson Caldas**
Palavras-chave: otosífilis, surdez luética
Keywords: otosyphilis, luétic deafness
Resumo: Depois de fazerem considerações gerais sobre a sintomatologia e diagnóstico otoneurológico da sífilis do ouvido interno, os autores discutem os casos de seis pacientes portadores da doença. Salientam a necessidade de alto índice de suspeição para todos os casos de surdez sensorioneural.
Abstract: After a general view of the otoneurologic simptoms and signs of luétic complications of the inner ear tire authors discuss on six cases of otosyphilis. They pointed out the great value of a high index of suspicion in all cases of sensorineural hearing loss.
INTRODUÇÃO

No passado, os males causados pela sífilis eram tão freqüentes que chegou-se a aconselhar aos médicos a pensarem sempre "sifiliticamente". Com as medidas profiláticas sanitárias, a educação sexual a respeito das doenças venéreas e o advento dos antibióticos a ocorrência da doença diminuiu substancialmente. No entanto, a partir dos anos 60, sua incidência aumentou em mais de 150% 1. Conseqüentemente as manifestações otológicas da sífilis passaram também a ocorrer com maior freqüência em suas variadas formas, congênitas ou adquiridas, comprometendo um ou mais segmentos do aparelho auditivo.

O nosso trabalho diz respeito ao relato de seis casos de manifestação cócleo ou cócleo-vestibular em pacientes portadores de infecção luética.

PATOLOGIA

De uma maneira geral, a sífilis compromete o osso temporal através de infiltração leucocítica mononuclear e arterite obliterativa. Compromete tanto a parte óssea como a inembranosa do osso e a cápsula ótica especialmente, não havendo distinção histológica entre as formas congênitas e adquiridas. A degeneração do órgão do Corti e receptores vestibulares ocorre com frequencia e é a responsável pelos sintomas de disacusia e tonturas 2,3. Ás vezes pode haver uma meningo-neuro-labirintite da sífilis congênita infantil ou secundária a meningite das formas secundárias e terciárias.

Por mecanismo ainda discutido a sífilis pode causar hidropsia endolinfática semelhante a Doença de Meniere. No plano das lesões ósseas a sífilis pode causar alterações ósseas coalescentes, com exposição do labirinto podendo chegar a fistulá-lo (Fig. 1 - Schuknecht-1976). Esta é a explicação para os sinais de Hennebert e Tullio, comuns na otosífilis.

Para outros, esses sinais seriam devidos as aderências patológicas entre a platina do estribo e o labirinto membranoso, capazes de tracioná-lo durante as variações de pressão dos testes.

DIAGNÓSTICO

Os sintomas da otosífilis sendo basicamente resultantes de comprometimento do ouvido interno, tem na surdez, zumbidos e vertigens os seus sintomas fundamentais, podendo até as vezes simular a clássica Doença de Meniere. Pulec4 encontrou a sífilis como responsável por 7% de pacientes com Síndrome de Meniere. A surdez na sífilis é sempre de caráter sensorioneural, variando muito na forma de instalação, podendo ser súbita ou progressiva, unilateral ou bilateral, flutuante ou não.



FIGURA 1- Lesões no osso temporal



A sífilis congênita pode se manifestar de duas maneiras: como sífilis secundária nos dois primeiros anos de vida ou como sífilis terciária entre os 8 e 20 anos. Freqüentemente as alterações auditivas são acompanhadas de queratite intersticial. Zumbidos e tonturas podem estar presentes, sendo que as últimas podem compensar deixando o paciente assintomático desta queixa.

Os exames audiológicos em geral mostram uma curva do tipo sensorioneural sem padrão determinado, podendo ser horizontal ou descendente, uni ou bilateral, simétrica ou não. Em geral é acentuada ou severa. A discriminação parece depender do estágio da doença, a princípio sendo compatível com a curva tonal, tomando-se desproporcionalmente baixa com o evoluir da doença.

O fenômeno de Tullio, qual seja a presença de tonturas com ou sem nistagmo durante a apresentação de um som de maior intensidade no ouvido suspeito e o sinal de fístula ou de Hennebert que acontece quando o estímulo ao invés de ser o som é a variação de pressão no conduto auditivo externo com um espéculo pneumático, são altamente sugestivos de surdez luética, para alguns, patognomônicos. As vezes as manifestações auditivas e/ou vestibulares da sífilis são precedidas de sinais e sintomas de outras formas clínicas da doença, como as dermatológicas por exemplo, o que facilita o diagnóstico. Os testes luéticos, neles se incluindo o FTA-ABS farão o diagnóstico final. Sendo a sífilis a exemplo da tuberculose uma doença que de certa maneira sofre alguma discriminação social as vezes o médico hesita em revelar sua possibilidade para o paciente, com o receio de que o mesmo o tome como insulto. Este constrangimento é em nossa opinião um dos principais responsáveis pelo erro de diagnóstico da surdez luética.

A otosífilis por outro lado tem sido reconhecida como uma complicação importante da imunodeficiência causada pelo vírus da AIDS6.

TRATAMENTO

O tratamento da sífilis é feito através dos vários esquemas terapêuticos, com a Penicilina G. Nos portadores de hipersensibilidade à Penicilina, outros antibióticos como as Tetraciclinas, Eritromicina e Cefalosporinas podem ser usadas com sucesso. Corticóides como a Prednisona dados em altas doses têm sido responsáveis por melhora auditiva .

Particularmente, nós preferimos enviar o paciente ao clínico geral, quando o mesmo além de estabelecer e seguir seu tratamento, certamente investigará com mais propriedade a possibilidade de comprometimento luético de outros setores ainda assintomáticos. Participamos no entanto de sua evolução de maneira paralela com vistas ao comportamento cócleo-vestibular.

DISCUSSÃO

Apesar do número de casos não ser suficiente para uma maior discussão e conotações estatísticas mais significantes não podemos deixar de assinalar uma predominância dos sintomas e sinais da doença, no ouvido esquerdo com exceção do caso 6. Por outro lado, apenas no caso 3 percebemos a completa unilateralidade da doença seja em sintomas e/ou sinais. A prova calórica uma vez que não foi realizada em todos os casos não pode ter seu valor analisado. A literatura a considera sem características próprias, variando seus resultados de acordo com a fase evolutiva da doença. A prova com o espéculo pneumático foi realizada em todos os pacientes menos um, o caso 6, notando-se que nos cinco casos em que ela foi realizada foi seguida de uma manifestação vestibular mais ou menos significativa. Observamos também que em dois dos nossos casos, o caso 2 e o caso 4 o diagnóstico da doença já tinha sido feito previamente à consulta ORL no entanto ambos omitiram o fato. Por outro lado salientamos o comportamento do caso 4, desenvolvendo seus sintomas auditivos após dez dias de tratamento o que se pode atribuir a reação de Rexheiner.

CONCLUSÃO

Da revisão da Literatura e da experiência com nossos casos, concluímos que:

1 - A surdez luética é mais freqüente entre nossos pacientes do que geralmente se pensa e a melhor maneira de identificá-la é manter alto nível de suspeição e não evitar sua investigação em todos os pacientes suspeitos seja qual for a classe social da qual façam parte.

2 - As manifestações vestibulares através da prova com espéculo pneumático (Sinal de fistula ou de Hennebert) são de inestimável valor diagnóstico.

3 - Não há um padrão de sintomas, sinais e exames audiológicos para o diagnóstico da surdez luética.

CASUÍSTICA

CASO 1

J.S.A., MASC., 31 ANOS - FICHA 2934.

Há 1 ano suspeita de hipoacusia esquerda. As vezes sensação pulsátil no mesmo. Eventuais zumbidos de alta freqüência no ouvido esquerdo. Sons intensos lhe causam desconforto auditivo e tonturas giratórias.

As vezes em presença de sons mais intensos da televisão percebe as imagens tremerem aos seus olhos.

Exame ORL: Mucosa nasal pálida.

Prova com espéculo pneumático: Ausência de nistagmos. Paciente acusa deslocamento das imagens que o cercam, para à direita por ocasião de pressão negativa no conduto auditivo externo esquerdo.

Prova calórica: Arreflexia esquerda.

Audiometria: Hipoacusia sensorioneural bilateral maior a esquerda (Fig. 2).

Testes luéticos incluindo FTA-ABS: Todos positivos. N.A. - teste de discriminação não realizado pelo audiologista.

CASO 2

T.A.F., MASC., 29 ANOS - FICHA 33350.

Há 20 anos foi operado em 2 tempos cirúrgicos para colesteatoma no ouvido direito. Diz-se portador de rinite alérgica.

Há 30 dias refere episódios de tonturas giratórias espontâneas, ou provocadas quando faz pressão com o dedo no meato acústico externo esquerdo.

Exame ORL: OD-Timpano atrófico e móvel. OE-Fundo de saco atical.

Prova com espetáculo pneumático: Ausência de nistagmo. Pressão positiva no conduto auditivo externo esquerdo provoca deslocamento giratório dos globos oculares no sentido anti-horário, com sensação de deslocamento das imagens para o mesmo lado.

Prova calórica: Não foi realizada.

Audiometria: Hipoacusia mista bilateral maior no ouvido esquerdo (Fig. 3) com discriminação compatível com as curvas tonais.

Paciente operado com colesteatoma atical do ouvido esquerdo com suposição diagnóstica de fístula labiríntica, que não foi identificada no ato cirúrgico.

Testes luéticos incluindo FTA-ABS: Todos positivos. Paciente confessou ter sido luético há 3 meses admitindo-se curado face a exame recente negativo. Omitiu este fato na história inicial.



FIGURA 2- Audiometria do caso 1



FIGURA 3- Audiometria do caso 2



CASO 3

F.O.B., MASC., 38 ANOS - FICHA 17257.

Há uns 2 anos vem com intolerância à sons de maior intensidade, no ouvido esquerdo às vezes com tonturas giratórias. As vezes o ato de tossir ou espirrar também lhe provoca tonturas. Freqüenta discotecas com freqüência e há 5 anos levou garrafada na cabeça sem no entanto ter perdido a consciência. Tem também a sensação de algo que estivesse solto no ouvido esquerdo.
Exame ORL: SS.

Prova com espéculo pneumático: Desequilíbrio sem nistagmo às variações de pressão no conduto auditivo externo esquerdo.

Prova calórica: Normal.

Audiometria: Discreta hipoacusia sensorioneural bilateral com "escotoma" ao nível de 4000 CPS no ouvido esquerdo. Discriminação normal (Fig. 4).



FIGURA 4- Audiometria do caso 3.



FIGURA 5- Audiometria do caso 4



Testes luéticos incluindo FTA-ABS: Todos positivos.

CASO 4

C.D.G.C., MASC., 51 ANOS - FICHA 18866

Há três dias perdeu subitamente a audição no ouvido esquerdo. Há 10 dias está em tratamento para lues após testes luéticos positivos, fato omitido na primeira consulta.

Exame ORL: SS.

Prova com espéculo pneumático: Não foi realizada. Prova calórica: Hiporreflexia bilateral moderada.

Audiometria: Discreta hipoacusia sensorioneural direita e profunda hipoacusia sensorioneural esquerda. Discriminação compatível em OD e ausente em OE (Fig.5).

CASO 5

L.F.L., FEM., 31 ANOS - FICHA 30760

Há uns dois anos instalou-se hipoacusia súbita bilateral. Queixa-se de tonturas quando "sopra" alguma coisa com a boca. Exemplo, um balão de borracha.

Usa uma prótese auditiva no ouvido esquerdo.

Exame ORL: Prótese auditiva retroauricular em OE.

Prova com espéculo pneumático: Tonturas sem nistagmo com variação de pressão em ambos os condutos auditivos externos.

Prova calórica: Não foi realizada.

Audiometria: Marcada hipoacusia sensorioneliral esquerda. Anacusia direita (Fig. 6).
Teste luéticas incluindo FTA-ABS: Todos positivos.

CASO 6

J.L.F.S., MASC., 26 ANOS - FICHA 26499

Há 30 dias passou três dias bebendo, tocando em orquestra e em estafa sem dormir. Instalou-se calafrios e febre e hipoacusia súbita e intensa nos dois ouvidos. Foi medicado com vasodilatadores sem resultado. CT mostrou atrofia cerebral difusa e alguma hidrocefalia a qual o neurologista não relacionou com a hipoacusia.

Exame ORL: SS.

Prova com espéculo pneumático: Não foi realizada.

Prova calórica: Não foi realizada.

Audiometria: Anacusia bilateral (Fig. 7).

Testes luéticos incluindo FTA-ABS: Todos positivos.



FIGURA 6 - Audiometria do caso 5



FIGURA 7 - Audiometria do caso 6




BIBLIOGRAFIA

l. FUIMARA, N.J.; LESSEL, S.: Manifestations of late congenital syphilis. Arch. Dermatol., 102: 78-83, 1970.
2. HARMODY, C.S.; SCIIUKNECIIT, H.F.: Deafness in congenital syphilis. Arch. Otolaryngol., 83: 18-27,1966.
3. SCHUKNECHT, F.: Pathology of the ear. Cambridge, Harvard University Press, 1976, p. 262-263.
4. PULEC, J.L.: Meniere's disease: results of a two and one half year study of etiology, natural history, and results of treatment. Laryngoscope, 82: 1703-1715, 1972.
5. JERGER, S.; JERGER, J.: Auditory disorders. Houston, Little, Brown and Company, 1981, p. 162-167.
6. PAPARELLA, M.; SHUMRICK, D.A.; GLUKMAN, J.L.; MEYERI IOFF, W.L.: Otolaryngology, Third edition, Vol II, Philadelphia, W.B. Saunders Company, 1991,1). 1534-1538.




* Prof. Titular da Disciplina de Otorrinolaringologia da Universidade Federal de Pernambuco.
** Médico Otorrinolaringologista do Hospital da Restauração do Estado de Pernambuco.

Disciplina de Otorrinolaringologia da UFPE. Hospital das Clinicas da U:niversidade Federal de Pernambuco. Cidade Universitária. Recife - PE.

Silvio Caldas Neto: Avenida Boa Viagem, 2514, apt. 1202 - Recife - PE - 51020 - Fone: (081)326-8776/241-0830.
Indexações: MEDLINE, Exerpta Medica, Lilacs (Index Medicus Latinoamericano), SciELO (Scientific Electronic Library Online)
Classificação CAPES: Qualis Nacional A, Qualis Internacional C




Referencia:  http://www.bjorl.org/conteudo/acervo/print_acervo.asp?id=2693

SÍFILIS | Sintomas e tratamento

sífilis é uma DST (doença sexualmente transmissível) causada por um bactéria chamada Treponema pallidum, cujo sintoma mais comum é uma úlcera indolor na genitália. Na era pré-antibióticos a sífilis era uma doença crônica, prolongada, dolorosa e que, em fases avançadas, acometia todos os sistemas do organismo, sendo extremamente temida e muito estigmatizada.

Neste artigo vamos abordar as seguintes questões sobre a sífilis:

  • O que é sífilis.
  • Como se pega sífilis.
  • Quais são os estágios da sífilis.
  • Quais são os sintomas da sífilis.
  • Como é feito o diagnóstico da sífilis.
  • Qual o tratamento da sífilis.
  • Como se confirma a cura da sífilis.
Transmissão da sífilis

Como já foi dito na introdução deste texto, a sífilis é causada por uma bactéria chamada Treponema pallidum. A transmissão ocorre, na imensa maioria dos casos, pela via sexual e se dá pela penetração da bactéria através de microscópicas feridas ou abrasões na mucosa da vagina ou do pênis . Estima-se que o risco de contágio em cada relação sexual desprotegida com parceiro infectado seja de aproximadamente 30%. Se houver feridas ou inflamações na vagina/pênis, este risco é ainda maior. Os pacientes que transmitem sífilis são aqueles que apresentam a doença na fase primária ou secundária, principalmente se houver lesões ativas nos órgãos sexuais. Apesar de não ser 100% efetiva, a camisinha ainda é o melhor método para prevenir a transmissão por via sexual da sífilis 


Nas fases mais avançadas da doença, a sífilis pode ser transmitida por beijos e até pelo toque se houver lesões na pele ou na boca (explicarei os sintomas mais abaixo). 


A transmissão da sífilis por transfusão de sangue é muito rara uma vez que o Treponema pallidum não sobrevive por mais de 48h no sangue estocado.


Existe também a sífilis congênita que é aquela adquirida pelo feto quando a mãe encontra-se contaminada pelo Treponema pallidum durante a gestação. A sífilis na grávida pode causar aborto, parto prematuro, má formações e morte fetal.



Estágios da sífilis - Sintomas da sífilis

A doença é dividida em 3 fases, denominadas de sífilis primária, sífilis secundária e sífilis terciária.

1. Sintomas da sífilis primária


O período de incubação, ou seja, o intervalo de tempo entre o contágio e os primeiros sintomas, é em média de 2 a 3 semanas. Todavia, há casos em que este intervalo pode ser tão curto quanto três dias ou tão longo quanto três meses. 


A lesão da sífilis primária é uma pápula (uma pequena elevação na pele) nos órgãos genitais que em poucas horas se transforma em uma úlcera não dolorosa. Nas mulheres esta lesão pode passar despercebida, uma vez que é pequena (em média 1 cm de diâmetro), indolor e costuma ficar escondida entre os pelos pubianos ou dentro da vagina. Não há outros sintomas associados à lesão da sífilis primária; o paciente apresenta no máximo aumento dos linfonodos da virilha (ínguas).


Em alguns casos a úlcera pode surgir na boca ou na faringe, caso a transmissão tenha se dado através do sexo oral.


A úlcera da sífilis recebe o nome de cancro duro e após 3 a 6 semanas desaparece mesmo sem tratamento, levando à falsa impressão de cura espontânea. Portanto, a sífilis inicialmente é uma doença indolor, que costuma frequentemente passar despercebida e que parece desaparecer espontaneamente após algum tempo. O problema é que o desaparecimento do cancro duro não significa cura, pelo contrário, a bactéria agora está se multiplicando e se espalhando pelo organismo silenciosamente.



2. Sintomas da sífilis secundária


Sífilis secundária
Sífilis secundária
Algumas semanas ou meses após o desaparecimento do cancro duro, a sífilis retorna, agora disseminada pelo organismo.

Essa forma de sífilis se manifesta com erupções na pele, classicamente nas palmas das mãos e solas dos pés. Também são comuns febre, mal estar, perda do apetite, dor nas articulações, queda de cabelo, lesões oculares e aumento dos linfonodos difusamente pelo corpo.


As lesões nas solas dos pés, palmas das mãos e mucosa oral são características, mas as erupções de pele podem ocorrem em qualquer local do corpo.


Uma outra lesão típica da sífilis secundária é o chamado condiloma lata, uma lesão úmida, com aspecto de uma grande verruga, que surge geralmente próximo do local onde existiu a lesão do cancro duro na sífilis primária.


Há casos, porém, que a sífilis secundária apresenta poucos sintomas, fazendo com que o paciente não dê muita importância ao quadro. Cerca de 20% dos pacientes com sífilis secundária não consideram seus sintomas incômodos o bastante para procurarem ajuda médica.


Assim como ocorre na sífilis primária, os sintomas da sífilis secundária desaparecem espontaneamente, sem qualquer tratamento.


3. Sintomas da sífilis terciária


Os pacientes podem ficar de um até vários anos, inclusive décadas, assintomáticos antes de um novo retorno da doença. A forma terciária é a mais grave.


A sífilis terciária apresenta 3 tipos de manifestações:


- Goma sifilítica = grandes lesões ulceradas que podem acometer pele, ossos e órgãos internos.


- Sífilis cardiovascular = acometimento da artéria aorta, causando aneurismas e lesões da válvula aórtica.


- Neurosífilis = acomete o sistema nervoso, lavando à demência, meningite, AVC e problemas motores por lesão da medula e dos nervos.


Diagnóstico da sífilis


Na sífilis primária, quando aparece o cancro duro, ainda não houve tempo do organismo produzir anticorpos contra o Treponema pallidum, por isso, os exames de sangue costumam estar negativos nesta fase. A confirmação laboratorial pode ser feita após coleta de material da úlcera para visualização direta da bactéria em microscópio. Nem sempre esse exame é necessário, uma vez que a úlcera genital da sífilis é bem característica. Geralmente o médico inicia tratamento baseado apenas em dados clínicos, esperando uma ou duas semanas para confirmar o diagnóstico laboratorialmente.


O diagnóstico da sífilis secundária, terciária ou primária, já em fase mais tardia, é feito através de dois exames sorológicos: VDRL e FTA-ABS (ou TPHA)


a. VDRL


O VDRL é o exame mais simples e é usado como rastreio. O resultado é dado em formas de diluição, ou seja, um resultado 1/8 significa que o anticorpo foi identificado até 8 diluições; um resultado 1/64 mostra que podemos detectar anticorpos mesmo após diluirmos o sangue 64 vezes. Quanto maior for a diluição em que ainda se detecta o anticorpo, mais positivo é o resultado.


Se a explicação acima ficou confusa, apenas saiba que o VDRL = 1/2 é um título mais baixo que 1/4, que é mais baixo que 1/8 e assim por diante. Quanto mais alto o título, mais positivo é o exame.


Como o VDRL pode estar positivo em várias outras doenças que não sífilis, como lúpus, doenças do fígado, mononucleose, hanseníase, catapora, artrite reumatoide, etc., consideramos apenas valores maiores de 1/32 como confiáveis para o diagnóstico. O VDRL também pode apresentar falso positivo em pessoas idosas.


O VDRL costuma ficar positivo entre 4 e 6 semanas após a contaminação. Geralmente seus valores começam a subir uma a duas semanas após o aparecimento do cancro duro. Portanto, se o teste for feito um ou dois dias após o aparecimento da lesão da sífilis, o VDRL pode dar falso negativo.


b. FTA-ABS ou TPHA


O FTA-ABS é um teste mais específico e sensível que o VDRL. A sua janela imunológica é mais curta, podendo estar positivo já após alguns dias depois do aparecimento do cancro duro. O FTA-ABS ou o TPHA também apresentam menores taxas de falso positivo que o VDRL.


Uma vez positivo, o FTA-ABS assim permanecerá para o resto da vida, mesmo após a cura do paciente. Já os valores do VDRL caem progressivamente após a cura, tornando-se negativos após alguns anos.


Habitualmente o VDRL é usado para rastreio da doença e o FTA-ABS para confirmação.


Obs: O FTA-ABS é um pouco superior ao TPHA, apresentando uma sensibilidade maior.


Ao final, acabamos ficando com as seguintes situações:


- VDRL positivo e FTA-ABS (ou TPHA) positivo confirmam o diagnóstico de sífilis.

- VDRL positivo e FTA-ABS (ou TPHA) negativo indicam outra doença que não sífilis.
- VDRL negativo e FTA-ABS (ou TPHA) positivo indicam sífilis em fase bem inicial ou sífilis já curada ou sífilis na fase terciária.
- VDRL negativo e FTA-ABS (ou TPHA) negativo descartam o diagnóstico de sífilis (há raros casos em que o teste é feito muito precocemente, podendo haver falso negativo em ambos).

Tratamento da sífilis

A sífilis tem cura se tratada corretamente. 

O tratamento da sífilis é diferente dependendo do estágio estágio da doença:


- Sífilis primária ou secundária = Penicilina benzatina (Benzetacil) 2.4 milhões de unidades em dose única

- Sífilis com mais de 1 ano de evolução ou de tempo indeterminado = Penicilina benzatina (Benzetacil) 2.4 milhões de unidades em 3 doses, com uma semana de intervalo entre cada.

Doentes alérgico a penicilina podem ser tratados com doxiciclina (100mg 2x por dia por 14 dias) ou azitromicina (dose única de 2g), mas eles não são tão eficazes quanto a penicilina.


Em alguns casos, como em grávidas contaminadas com sífilis, pode ser indicado um tratamento para dessensibilizar a paciente alérgica para que ela possa ser tratada com penicilina. A preferência é sempre pelo tratamento com penicilina.


Após o inicio do tratamento as lesões começam a desaparecer já nos primeiros dias. Porém, para se confirmar a cura é preciso repetir os exames de sangue. 


Como se confirma a cura da sífilis?


Todo paciente tratado para sífilis deve refazer o VDRL com 6 e 12 meses. O critério de cura da sífilis é o desaparecimento dos sintomas e uma queda de 4 titulações nos níveis de anticorpos. Exemplos:


- VDRL era 1/64 e após o tratamento caiu para 1/16 

- VDRL era 1/32 e após o tratamento caiu para 1/8 
- VDRL era 1/128 e após o tratamento caiu para 1/32

Quanto mais tempo se passa, mais caem os títulos,podendo até ficarem negativos após alguns anos (há pacientes curados que permanecem a vida inteira com títulos baixos de VDRL, como 1/2 ou 1/4). Não é preciso que o VDRL fique negativo para se atestar a cura da sífilis.


Os títulos na sífilis primária caem mais rapidamente que na sífilis secundária e terciária. O FTA-ABS não serve para controle de tratamento, pois, como já foi explicado, ele não fica negativo após a cura. Uma vez positivo, o FTA-ABS assim ficará para o resto da vida. É o que chamamos de cicatriz imunológica.



Autor do texto: Pedro Pinheiro



sábado, 1 de setembro de 2012



Grupo de Estudos da Complexidade realiza Colóquio Brasileiro sobre Alan Touring


UFRN(Foto: ASCOM/Bruna Evangelista)
Foi realizada na manhã do dia 21 de junho , no auditório do Centro de Educação (CE) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), a abertura do Colóquio Brasileiro 100 anos de Alan Touring. O evento faz parte das comemorações dos 20 anos do Grupo de Estudos da Complexidade (GRECOM).

O evento contou com a presença da reitora da UFRN, Ângela Maria Paiva Cruz, da diretora do CE, Márcia Gurgel, do diretor do Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes (CCHLA), Herculano Campus, da diretora do GRECOM, Maria da Conceição, e do coordenador do evento, Iran Abreu Mendes.

A reitora Ângela Paiva falou da importância desse tipo de evento para a UFRN. “Com a realização desse tipo de evento, a UFRN se mostra preocupada com as atividades de transdisciplinaridade dentro da própria universidade”. 

Além disso, frisou a reitora, “é gratificante também em função da minha área de atuação, a Matemática e a Lógica”. Foi através da Matemática que a professora Ângela Paiva teve acesso à UFRN e à atividade docente e foi através da Lógica que conseguiu concretizar outros projetos.

O colóquio é um reconhecimento aos méritos “de quem deu grande contribuição para uma nova leitura das formas de estudar e difundir as ciências, tendo em vista o avanço absolutamente vertiginoso da computação”, disse Ângela Paiva, cumprimentando seus realizadores e parabenizando o Grupo de Estudos da Complexidade.

Touring

Alan Touring foi um matemático britânico, lógico, criptonalista, que muito influenciou nos avanços das ciências, em especial a ciência da computação. Nasceu em Londres, em 23 de junho de 1912, e faleceu em Cheshire (Inglaterra) no dia 7 de junho de 1954. 

Alan Turing formalizou o conceito de algoritmo e computação com a denominada Máquina de Turing, desempenhando um papel importante na criação do computador moderno.

20 anos Grecom

Colóquio TRIBUTO A UM PENSAMENTO DO SUL
20 anos Grecom 


DATA: 31 de Outubro e 01 de Novembro
LOCAL: Univ. Federal do Rio Grande do Norte
Confirmada a presença de Edgar Morin.
Formato, programação do Colóquio, inscrições e outras informações em breve.

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

SONHO DE OLHOS ABERTOS




Sonho de olhos abertos
Era uma vez, um pequeno grupo de pessoas que sonhou transformar o trabalho acadêmico numa estética do pensar com prazer, partilha e paixão.
Era uma vez, um pequeno grupo de sonhadores que escolheu como estilo de vida apostar na produção do conhecimento capaz de transformar sementes de morte em sementes de vida; que preferiu olhar para o mundo com lentes polifônicas, como condição de entender os fenômenos do mundo em sua complexidade; que decidiu politizar a ciência através do compromisso diário de suas práticas de vida; que acreditou na "boa utopia" de um mundo onde homens, mulheres e crianças possam, com maior freqüência, "rir, sorrir e gargalhar".

Era uma vez, um grupo de sonhadores que imaginou uma ciência mais humilde, mais humana, mais comprometida com o destino do planeta.

Um dia, o pequeno grupo de sonhadores percebeu que já não era tão pequeno, e que parte do sonho sonhado se tornara realidade - aí nasceu o GRECOM. A outra parte do sonho ainda é um sonho. Mas ele alimenta os corações de todos nós na busca de "fazer um mundo melhor, mesmo que não seja o melhor dos mundos" (Morin).

Neste site não cabe o registro de todo o caminho sonhado e realizado pelo Grupo de Estudos da Complexidade desde o seu início. Pedaços de sonhos foram deixados de lado, outros foram lamentavelmente esquecidos, outros, ainda, não podem ser registrados - de tão voláteis que foram...

Aqui estão bricolados fragmentos da vida de um grupo, reordenados segundo uma certa ótica e de acordo com o material que conseguimos garimpar e rejuntar. Equívocos? Omissões? Esquecimentos? Sim, é possível. Reorganizar e reformatar tal volume de produção são tarefas que demandam tempo. Assumimos todas as lacunas e nos desculpamos.


Ceiça Almeida
Coordenadora do GRECOM









































Profª Drª Maria da Conceição Almeida (UFRN)

I Colóquio Nacional


Coletividades Locais, Cultura e Natureza.


 Mesa 3 - Diversidade sóciocultural e desafios para 

sustentabilidade


NUMA - PPGEDAM - UFPa



Belém - Pará - Brasil