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segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Estilo de pensamento

O modo peculiar de Fleck de pensar e enxergar seu objeto de estudo é o que ele chama de “estilo de pensamento”. Já o grupo que se organiza em torno de um mesmo estilo – como uma equipe de cientistas que tenta compreender os mecanismos de evolução do vírus HIV, por exemplo – constitui um “coletivo de pensamento”.

Cada um desses profissionais participa também de muitos outros coletivos de pensamentos. Ao transitarem entre eles, eles promovem fluxos de ideias e conceitos e geram transformações mútuas desses estilos.

Gradativamente, esse movimento leva à alteração dos estilos de pensamento e, por conseguinte, da forma de se tratar um problema científico, como ocorreu com a passagem da física clássica newtoniana para a física moderna einsteiniana.

Os dois conceitos são centrais para entender a maneira pela qual Fleck encarava a ciência: uma atividade coletiva, que implica debates e divergências, não é consensual e apresenta respostas provisórias, sempre.
“Estilo de pensamento” e “coletivo de pensamento” são apenas algumas das expressões que Fleck cunhou para expressar suas ideias, inovadoras para a época. Para dar conta do desafio de vertê-las para o português, o tradutor Georg Otte, professor do curso de Letras da UFMG conta ter feito uma extensa pesquisa, para contrastar o texto do ensaio com os poucos artigos do médico sobre teoria da ciência.
Ludwik Fleck e colaboradores
Ludwik Fleck e colaboradores em foto tirada provavelmente durante o período em que o pesquisador passou em Lublin, no leste da Polônia, entre 1946 e 1952 (foto: / Ludwik Fleck Zentrum).
 
 
 
 
Referencia: http://cienciahoje.uol.com.br/noticias/2010/11/fleck-redescoberto

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