Diagnosticar a sífilis no início é importante para evitar problemas graves a nível cerebral, cardiovascular e em sífilis congênita. Desde o início da infecção aparece no sangue da pessoa infectada as “reaginas”, a detecção destas substâncias no soro do paciente e a verificação dos sinais clínicos são os procedimentos mais rápidos e úteis usados para diagnóstico da sífilis.
Característica de cada exame nas fases da doença
O VDRL, muito solicitado em consultas médicas na rede pública e privada de saúde é um teste não treponêmico, utiliza o antígeno cardiolipínico na reação para detectar as reaginas, citadas anteriormente, possui a vantagem de ser um exame barato e de fácil realização. Usando apenas uma placa de reação, e um agitador simples, em 4 minutos a reação pode ser lida no microscópio.
Como é feito o exame
Quando o VDRL está positivo é possível ver na placa, depois de adicionar soro do paciente e o reagente, uma floculação, devendo ser realizado uma titulação, para ver o valor da positividade, alta ou baixa, positivo forte ou fraco, podendo ser 1:2, 1:4, 1:8, 1:16, 1:32, e assim por diante, sendo que 1:4 é mais fraco que 1:32, por exemplo, este valor vai servir para o médico diagnosticar ou acompanhar a evolução do tratamento.
Como foi citado no título deste texto resultados falso positivos e também negativos podem ocorrer. Falso negativo pode ocorrer na sífilis tardia e em casos de prozona, um fenômeno que ocorre quando a quantidade de reaginas é grande e a reação não ocorre de maneira equilibrada levando a testes negativos em amostras que são positivas. Mas, os laboratórios se previnem deste evento diluindo o soro do paciente, equilibrando a reação, produzindo resultados corretos.
Como ocorre resultado falso positivo
O problema que pode ocorrer em alguns casos, mesmo que raros, é o resultado ser liberado como positivo em amostra de paciente que não tem a doença, são resultados falso positivos. Casos como este podem ocorrer em exames de indivíduos que tenham quadros patológicos como: Brucelose, lepra, malária, hepatite, asma, gripe, tuberculose, câncer, diabetes e doenças autoimunes que também liberam antígenos que levam a produção das reaginas. Quero deixar claro que não é comum, mas podem ocorrer, geralmente apresentam títulos baixos, 1:2, 1:4, e as características clínicas não são indicativas de sífilis.
Minha intenção aqui é alertar para que pacientes e familiares tenham cautela e não tomem atitudes precipitadas quando forem ao laboratório e pegar um resultado de VDRL positivo, exames positivos certamente serão esclarecidos e confirmados pelo médico realizando observações clínicas ou testes confirmatórios, como o FTA-ABS.
“Embora o comportamento do VDRL frente ao diagnóstico da sífilis apresente algumas limitações, como reações falso positivas em situações patológicas ou fisiológicas, menor sensibilidade quando comparado aos testes treponêmicos, deve-se ressaltar a importância do referido teste como diagnóstico preventivo e principalmente como seguimento terapêutico, através de dosagens quantitativas. Desta maneira, aliada à avaliação clínica do paciente, o teste VDRL se constitui um instrumento de significativa importância na triagem sorológica, como também no acompanhamento da infecção sifilítica (onde oresultado continua positivo mesmo depois de tomar injeções de benzetacil, explicado aqui)”. Conforme abordou no trabalho citado acima, Liduina et al.
Fonte: http://www.plugbr.net/vdrl-exame-para-diagnosticar-sifilis-pode-apresentar-falso-positivo/
Fonte: http://www.plugbr.net/vdrl-exame-para-diagnosticar-sifilis-pode-apresentar-falso-positivo/
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